Nunca seremos condenados pelo gostar, pelo sonhar, pelo menos não desta maneira. Já houve sonhos condenados, já houve um gostar proibido. Mas agora não! Aliás digo sempre, nunca, mas nunca, pedirei perdão de gozar o prazer e tornar a dar de mim. É a letra de uma canção, mas tomo como minhas estas palavras. E eu aprendi a sonhar e a gostar em liberdade.
Sorrio na manhã que começa calada e se vai enchendo dos ruídos da vida. E penso na noite que vives dentro de ti. Sorrio à tua imagem inventando, na calada da noite, palavras que extravasem um sentir mágico de sensações na alma que te chegam ao corpo num prazer nunca definido. Porque não me sabes ainda. Porque ainda não sabes o que é um mar sem praias.
E há sensações, há um sentir, que são únicos dentro de nós, mas são sublimes quando partilhados. E aí procuramos o prazer vão de outras palavras, que nos deixam insatisfeitos, esgotados, porque procuramos nelas o sentir único de um outro que desejamos. E na noite desvairada, procuramos esse prazer e depois quase gritamos na dor infinda do não ser. Não!!! Não te percas no desvario de um desejo que não controlas! Porque na noite, apesar de partilhas desvairadas de palavras, estás só, só na carne que clama pelo prazer que sentes na alma!
Também eu já não sei, não sei nada… sei que trago no corpo sorrisos únicos! E nos meus sorrisos de alma farei com que te abandones em mim! Na hora do prazer não há timidez, há um querer bruto e fero de tanto sonhar! E o mar cobrirá a praia naquela hora entre a lua e o sol, hora fugaz de vida sonhada. É o momento dentro de nós.
E a minha rosa negra ficará tatuada em ti no sorriso que esboçarás na calada da noite. Eu terei um sorriso único na calada de um amanhecer.
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